42 3236-1010
Rua Julia Lopes, 822 — Órfãs Ponta Grossa/PR — CEP: 84070-202

Trabalhador de baixa renda prefere a indústria

Fonte: Estadão
Márcia De Chiara Pesquisa revela que 43% gostariam de trabalhar na indústria e só 12% preferem o varejo Conseguir uma vaga de trabalho na indústria é o sonho da maioria dos trabalhadores de baixa renda que vivem na cidade de São Paulo. A constatação é de uma pesquisa feita em julho pela Quorum Brasil. De acordo com a enquete, 43% dos entrevistados que recebem entre R$ 901 e R$ 1.200 por mês gostariam de trabalhar na indústria , enquanto só 12% têm intenção de se empregar no comércio. Foram ouvidas 600 pessoas com renda mensal de até R$ 1.200, divididas em três faixas. A pesquisa concluiu também que, na medida em que a renda cresce, diminui a procura por emprego público e aumenta a expectativa de conseguir uma vaga na indústria. Entre a população que recebe até R$ 450 por mês, a intenção de trabalhar na indústria é de 26%, ante 28% nos serviços, 27% em emprego público e 19% no comércio. Já entre os que recebem de R$ 451 a R$ 900, a expectativa de obter uma vaga na indústria sobe para 32%, ante 37% no emprego público, 23% nos serviços e 8% no comércio. No estrato mais alto, de renda entre R$ 901 e R$ 1.200, a intenção de trabalhar no setor público cai para 25%. Outra constatação da pesquisa é a de que o emprego formal, com carteira de trabalho assinada é a grande demanda, independentemente da faixa de renda. “Não é necessariamente a renda maior que atrai a mão-de-obra para a indústria”, afirma o professor do Instituto de Economia da Unicamp Claudio Dedecca. Ele aponta o horário comercial de segunda a sexta-feira e a não obrigatoriedade de trabalhar em fins de semana e feriados como fatores de atração da mão-de-obra. “As pessoas migram do comércio para a indústria em busca de condições mais favoráveis de trabalho para a sua vida.” Dedecca se disse surpreso com o resultado do estudo feito por ele a partir do dados da Relação Anual de Informações (RAIS), do Ministério do Trabalho, que mostra o aumento da migração de trabalhadores entre os setores da economia na Região Metropolitana de São Paulo e coloca o comércio como doador líquido de mão-de-obra para indústria. Os resultados, diz ele, contrariam a tese de que a indústria teria um papel menor no processo recente de recuperação da atividade econômica, especialmente na Região Metropolitana de São Paulo, que estaria passando por uma fase de desindustrialização.
Todos os direitos reservados | © 2024 | PG CONTáBIL
desenvolvido por